quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Leitura em diagonal da imprensa de hoje

Às quintas é sempre um fartote de leitura. Além dos habituais Público, Correio da Manhã e Le Monde, vejo os títulos da imprensa local, lendo depois só aquilo que me interessa. Que é pouco. Aí vai o que me pareceu importante desta vez.
No Mirante, o destaque vai para a secção Cor de rosa, na qual a brincar a brincar se escrevem coisas muito sérias. Ora leia:


Gostou? Então vamos a outra do mesmo semanário. Cartas de leitores, com assuntos relevantes para Tomar. O semanário da Chamusca tem muita sorte com os leitores. Escrevem melhor que alguns redactores. Porque será que os leitores de Tomar nunca escrevem assim?:
:

Habitualmente pacato em excesso, o decano Cidade de Tomar parece estar a querer sair da casca. Após a inesperada entrevista de Luís Ferreira, que causou bastante controvérsia, temos agora as declarações de Ivo Santos, ex-vereador PSD e ex-cabeça de lista CDS.
Entrevista bem mais consensual e até mais sucinta. O entrevistado apoia Anabela Freitas, de quem refere ser amigo pessoal, refere também não ter sido contactado para segundo da lista, condena a coligação PS/CDU e desanca no vereador Bruno Graça, que classifica como "um mito tomarense". Quem fala assim...


Ainda no Cidade de Tomar, uma notícia que confirma aquilo que já aqui foi largamente referido: o anunciado realojamento de alguns ex-nómadas do acampamento precário do Flecheiro no terreno camarário entre a GNR e a via férrea. A ver vamos se vai mesmo avante ou se é só conversa. Podendo até vir a começar e parar logo a seguir, devido a uma eventual providência cautelar dos vizinhos. Assunto a seguir com atenção.


Para terminar com a imprensa local, O Templário, que ainda não está nas bancas à hora a que escrevemos esta resenha, tem como tema de primeira página a multa de 40 mil euros imposta pela ASAE à Câmara, por causa do Parque de Campismo ter vindo a funcionar há anos sem estar munido da indispensável licença de utilização.
Tomar a dianteira sabia do assunto mas comprometera-se a nada dizer até novas indicações. Uma vez que agora o escândalo já é do domínio público, pode avançar que não se trata de uma só multa, mas de duas, num total de 80 mil euros. Além disso, a ASAE concedeu um prazo curto para a autarquia proceder ao encerramento do parque, que oficialmente não existe naquele local, designado como parque da cidade no plano de  pormenor, aprovado pelo município em tempo útil.
Agora a autarquia procura afanosamente soluções para os problemas resultantes da sua própria aselhice em mandatos anteriores. Quanto às multas, parece não haver nada a fazer. Há que pagar, naturalmente com dinheiro dos contribuintes e não de quem meteu o pé na argola. Sobre o encerramento, aponta-se nesta altura no sentido de onde está agora o parque passar a haver transitoriamente um encosto para autocaravanas.


Na imprensa internacional, referência para o prosseguimento da campanha anti-cancro, financiada pelo governo francês, desta vez com o tema "Prefiro ir a pé"
No  que se refere à imprensa portuguesa, um curioso lapso no PÚBLICO de hoje. Veja se consegue encontrar o Politécnico de Tomar nesta ilustração:


Não conseguiu? Não desanime. Está no ângulo superior direito. A preto e em letra pequena, ao contrário de todos os outros estabelecimentos de ensino referidos. Um lapso, bem entendido. Mas há certos lapsos que são como determinados silêncios -muito eloquentes. Ou significativos, se preferir.
Finalmente esta notícia do Correio da Manhã:


Temos assim que a câmara de Lisboa, também liderada por gente do PS, consegue reunir 5 milhões de euros para fundar, equipar e dotar um museu luso-hebraico. Desses 5 milhões, 1,2 milhões vêm de uma fundação do dono da Altice, o cidadão francês de religião judaica Patrice Draghi. O restante será custeado pela taxa turística. Um imposto pago pelos visitantes, que não existe em Tomar. Aqui quem paga são sempre os mesmos. Os desgraçados dos tomarenses.
Tudo isto apesar de na capital portuguesa não existir qualquer vestígio judaico de relevo anterior ao século XIX. Nós aqui em Tomar temos a sinagoga do século XV, a mais antiga do país, na qual está instalado desde o século passado o museu luso-hebraico Abraão Zacuto. Monumento que foi visitado por mais de 30 mil pessoas em 2015, quando em Lisboa apontam 60 mil visitantes por ano para o futuro museu.
Pois apesar disso e de até haver já um donativo norueguês importante para custear as obras, a câmara que temos ainda não foi capaz de mandar rebocar uma parede que está leprosa e em estado vergonhoso há mais de 5 anos 5. Estamos muito bem servidos de autarcas, não estamos?!
E pronto, Tem aqui muito para ler e meditar durante o longo fim de semana que se aproxima. Aproveite, porque Tomar a dianteira não vai durar sempre.

Sem comentários:

Enviar um comentário