terça-feira, 30 de agosto de 2016

Mudam-se os tempos...

Em tempo que reputei útil, lastimei aqui que todos nós contribuintes tomarenses sejamos obrigados a participar nos custos provocados pelo uso nem sempre muito prudente nem adequado do autocarro municipal. Verifico agora que afinal, no caso da notícia então citada e que desencadeou o texto, se tratava de acompanhar o grupo de forcados amadores e nossos queridos conterrâneos a terras alentejanas. Não é bem o que a senhora presidente prometeu publicamente algum tempo antes, mas pronto. É mais uma promessa política que se vai rio abaixo. E mais uma, menos uma... 
Indo ao cerne da questão: Tenho pelos corajosos forcados nabantinos, como de resto por quaisquer outros amadores que não abusem da sua paixão para daí sacar benefícios pecuniários, carinho, admiração, consideração e respeito. Nada me move portanto contra eles. Ou contra os outros referidos. Não posso, não quero, nem devo porém calar o que sinto, em nome de conveniências caducas. Para mim, o que está mal, está mal!


Tempos houve em que qualquer grupo de forcados amadores era como os bons vinhos: não precisava de acompanhamento. Contentavam-se com bons toiros e muita sorte. Os tempos mudaram, tal como Camões já previa há cinco séculos: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades/Todo o mundo é composto de mudança/Tomando sempre novas qualidades. E como estamos em Tomar...é natural que vamos tomando coisas novas. Só não sei é se serão sempre qualidades...
No caso em apreço, uma vez que acabo de falar de mudança, peço licença ao autor da notícia tauromáquica, que não tenho o gosto de conhecer pessoalmente, (julgo eu!) para introduzir uma pequena achega no último parágrafo: "De salientar, de louvar E DE PAGAR, que de Tomar seguiu O AUTOCARRO DA CÂMARA com cerca de meia centena de pessoas para acompanhar o Grupo de Forcados tomarense."
Diz um secular provérbio popular que "Quem não tem dinheiro, não tem vícios". Pelo visto, já não é o caso, Até uma autarquia com sérias dificuldades pecuniárias leva gratuitamente gente para assistir a corridas de toiros. É mesmo como dizia Camões. Mudam-se os tempos... infelizmente nem sempre no bom sentido. Digo eu...

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