quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Informação, agradecimento e pedido

Segundo as estatísticas do Google, desde o recente recomeço Tomar a dianteira já regista 747 consultas de página. A demonstrar que tinham a razão todos aqueles que me disseram que o blogue fazia falta. Cheguei a duvidar, porém o facto aí está.
Agradeço a todos os que me encorajaram a recomeçar, bem como aos que têm a paciência de me ler. Podem ter a certeza que vou continuar, norteado exclusivamente pela constante busca do melhor para o bem comum. Peço que me ajudem, enviando informações, conselhos, sugestões e opiniões, mesmo desfavoráveis, para: anfrarebelo@gmail.com,  que é o meu novo email desde o recente incidente técnico de que dei conta no blogue. Naturalmente que toda a correspondência recebida será tratada como confidencial.
A todos desejo o mesmo que desejo para mim e para os meus: Um Bom ano novo.
Um abraço fraterno,

António Rebelo

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Carta de ano novo

Carta aberta à senhora presidente da Câmara

Senhora presidente e estimada conterrânea:

Serve a presente para lhe endereçar votos de feliz ano novo, naturalmente extensíveis ao Luís e a todos os que lhe são queridos. Bem gostaria de ficar por aqui, mas infelizmente não posso. Ter mais de 70 anos de vivência nabantina é um peso muito grande. Tanto mais que gosto muito desta terra, embora nem tanto das suas gentes.
Dois temas me perseguem noite e dia ultimamente. São eles que me impelem a redigir e enviar a presente. Falo dos causídicos locais e da Estalagem de Santa Iria. Conforme verá adiante os dois estão muito ligados.
Começo pelos advogados locais. Andam muito enxofrados com a senhora, ou pelo menos com a autarquia. Por causa daquele ajuste directo com um escritório de Lisboa, para redigir três contratos de concessão, entre os quais o da estalagem. Cá está a ligação causídicos estalagem.
Segundo alguns preclaros profissionais do foro, foi um desaforo evidente o executivo ter recorrido a um escritório lisboeta, quando dispunha e dispõe de quatro juristas ao seu serviço e de mais de 30 profissionais na zona. Tratou-se portanto, sustentam com denodo, de um atestado de incompetência, que naturalmente rejeitam. Situação assaz grave, no meu entender, para que a senhora presidente esclareça quanto antes o que levou a autarquia a pagar caro em Lisboa o que tinha mais barato em Tomar, a qualidade igual.
Sobre a Estalagem de Santa Iria, a situação é ainda mais complexa. Consta por aí, nos meios habituais, que a sociedade concessionária não paga o seu encargo mensal desde o tempo do Paiva; que autarcas funcionários e até agremiações partidárias disso têm tirado amplos proveitos, e que o contrato de concessão, apesar de muito gravoso para a autarquia, só continua em vigor por inércia e/ou inépcia da actual maioria autárquica + a sua bengala CDU.
Tenho para os meus botões que é bem capaz de ser tudo mentira. Mera intriga política. Mas como sabe "não há fumo sem fogo", diz o povo. Por isso, quem melhor do que a senhora presidente para esclarecer os vários pontos? Mais não será afinal que o cumprimento de uma obrigação de cidadania, uma vez que a senhora é uma eleita: informar com verdade e atempadamente todos os eleitores.
Fico aguardando com alguma esperança.
Respeitosamente,
António Rebelo

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

CASO PARQT: A esperança é a última a morrer

A 19 de Fevereiro de 2013 (Há quase 3 anos!!!) recebi o ofício camarário que abaixo reproduzo, assinado pelo então presidente Carlos Carrão. Confiadamente aguardei, ciente de que o Município de Tomar é uma "pessoa" de bem, cumpridor dos seus deveres e promessas:


Decorrido todo este tempo sem mais notícias, constato que: A - A actual câmara PS não parece nada interessada no assunto. Tanto quanto sei, limitou-se a suspender o pagamento mensal de cem mil euros à ParqT, alegando que tal soma é necessária para garantir os vencimentos dos funcionários; B - A oposição parece ter como única função ir ornamentando as sessões com umas intervenções geralmente anódinas, e naturalmente vai recebendo as senhas de presença; C - A comunicação social local continua a revelar a sua habitual inépcia, logo que se trata de ultrapassar as notícias positivas e as constantes "encomendas". Bom proveito a todos!
Face a tal panorama, vou hoje entregar nos respectivos serviços camarários este requerimento:



A esperança é a última a morrer. Como diz o povo, na sua sabedoria milenar, enquanto há vida, há esperança.

domingo, 27 de dezembro de 2015

PARQUE DE CAMPISMO - Mais um desastre nabantino

Houve um tempo durante o qual o campismo em Tomar teve prestígio e uma clientela fiel. Situação que acabou repentinamente, com o advento do império paivino e as suas obras mal enjorcadas. Destruição de parte do alambor templário do século XII, redução da largura da estrada do Convento, desmantelamento do estádio, transformado num mau campo de treinos sem instalações adequadas, construção de pavilhões sem as medidas regulamentares, redução de uma via na Ponte Velha, imbróglio da ParqueT, que já vai em mais de 7 milhões de euros...
Todos estes desastres com o beneplácito da população e da oposição, que nunca julgaram útil protestar. Quando questionados, quase todos diziam que não concordavam e que nem sequer tinham votado nele. Porém, certo certo é que foi eleito duas vezes, com confortáveis maiorias absolutas. E agiu como o rei D. Dinis: fez tudo quanto quis.


A cartografia é como o algodão do conhecido anúncio -não engana. E o que mostra ela? Que o imperador Paiva agiu deliberadamente no sentido de atrofiar o até então prestigiado parque municipal de campismo. Encerrou-o durante meses e meses, reduziu o pessoal e a manutenção, dificultou quanto poude os respectivos acessos, uma vez concluídas as obras extravagantes.
Antes do desastre paivino o acesso ao parque de campismo era fácil para todos os visitantes motorizados. Os vindos da A1, (itinerário A), iam até à Ponte Velha, que atravessavam, cortando depois à esquerda, pela Rua da Fonte do Choupo. O mesmo faziam os provenientes de Fátima, Alcobaça, Batalha, Leiria, (itinerário B). Atravessavam a Ponte Velha e assim sucessivamente. Quanto aos da estrada de Coimbra, (itinerário C), ultrapassada a Rotunda do Bonjardim, desciam a Alameda 1 de Março e cortavam para a Fonte do Choupo. (Itinerários tracejados a verde).
Findo o efémero e equívoco império paivino, constatou-se que a situação mudara radicalmente. Então como agora, qualquer que seja a sua via de chegada, o pobre campista motorizado é confrontado com um autêntico percurso do combatente, ainda por cima mal sinalizado (ver itinerários tracejados a preto). Não surpreende por isso que muitos autocaravanistas prefiram o parque de estacionamento do mercado (F). É de mais fácil acesso...e gratuito.
O parque de campismo dá prejuízo? Paciência! Os contribuintes aguentam tudo. Mesmo as consequências das manias do Paiva, que terá dito um dia preferir o turismo de luxo ao de saco às costas. Quem não prefere? Mas Tomar tem estruturas de acolhimento à altura?
Com mais de meio mandato já cumprido, a actual gestão socialista mais a bengala da CDU vão agindo como habitualmente. Vão mudando qualquer coisinha para que tudo possa continuar na mesma.
Pobre terra! Pobre gente! 

sábado, 26 de dezembro de 2015

Finalmente???

O vereador responsável anunciou a reabertura dos pavilhões do mercado para o próximo mês de Janeiro. Será desta?! Qualquer que venha a ser a resposta, parece boa ocasião para uma reflexão  breve mas serena. Vamos a ela.

O mercado antes do seu encerramento compulsivo pela ASAE, por não respeitar todas a normas de higiene. Como mostra a foto, até houve dinheiro para iluminações de Natal. Mas não para as indispensáveis obras de modernização. À portuguesa. Continuamos a gostar mais das aparências...

Nos últimos anos da primeira metade do século passado, a câmara não eleita mandou projectar e construir o novo mercado, o estádio e as cem casas do agora chamado Bairro 1º de Maio. Os pavilhões do mercado foram então projectados, edificados e abertos ao público em menos de dois anos.
Por essa altura, eram poucos ou nenhuns os vereadores com formação universitária, os recursos técnicos eram escassos e a então secção de engenharia da câmara contava com apenas um engenheiro técnico. Mais de meio século depois, os respeitáveis vereadores provêm todas das melhores universidades, os recursos técnicos são abundantes e um numeroso escol de brilhantes técnicos superiores (é assim que eles se consideram), ornamenta o quadro de pessoal.
Como explicar então o que aconteceu? Apesar da fartura de recursos técnicos; apesar da fartura de licenciados eleitos para o executivo; apesar da fartura de técnicos superiores autárquicos; apesar do empenhamento, da devoção à causa pública, da honestidade, da capacidade de liderança e da tenacidade de Bruno Graça; que nem sequer recebe o vencimento de vereador, simples obras de modernização dos pavilhões existentes já levaram mais tempo que a respectiva construção de raiz. 
Há aqui, julgo eu, algo que não bate certo. E que o Bruno estará em condições de explicar muito melhor do que eu, se assim o entender. Todos teríamos a ganhar. Com destaque para aqueles que continuam com a cabeça cheia de ideias erradas e que são a esmagadora maioria.
Um bom ano para todos. Mesmo para os mais culpados por tal estado de coisas.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Mazelas prejudiciais para o turismo

A salivar os sumarentos fundos europeus, que depois veio a gerir na zona centro, Paiva mandou fazer os projectos para o acesso e envolvente do Convento de Cristo em regime de extrema urgência. Como é lógico, os ditos foram mal calculados, mal desenhados e mal executados. Deles resultaram várias mazelas cuja gravidade só agora começa a ser evidente para todos. Destaco mais três: A - Os previstos 9 lugares de estacionamento para autocarros, afinal são só 7; B - As pinheiras da Cerrada dos cães que tinham mais de 30 anos foram à vida; C - Após a conclusão das obras, durante as quais se acrescentaram passeios na Estrada do Convento, verificou-se que deixou de ser possível o cruzamento de dois autocarros.
Em relação ao ponto C, cesteiro que faz um cesto, também faz um cento. Procurando camuflar a asneira, os responsáveis por ela foram lestos. Encontraram logo uma solução alternativa...errada (ver foto)


Em vez de permitirem aos autocarros unicamente a descida da referida via, obrigando assim à passagem pela cidade no regresso, pois  não senhor. Optaram pelo inverso e os resultados estão agora à  vista. A esmagadora maioria dos grupos visita o Convento e segue para outros lados, sem sequer voltar à cidade, antes apenas atravessada à pressa e dentro dos autocarros.
Perante tal estado de coisas, os comerciantes queixam-se. Sobretudo aqueles que mais dependem dos visitantes. Designadamente os da rua Direita da Várzea Pequena. Estão cheios de razão, digo eu, que aqui procuro ampliar as suas justas reclamações. Aconselho contudo uma ida em grupo à reunião pública da câmara, para protestar ao vivo. Com calma e determinação. Porque é lá que mora o poder para alterar o que não está bem.

Se fosse só a iluminação deficiente...

A iluminação deficiente e sem manutenção do Castelo de Tomar não é infelizmente caso único. Longe disso. Até na zona envolvente do citado monumento há outros problemas graves. Que se arrastam. E que ninguém parece interessado em resolver.
Há cerca de cinco anos, foram feitas obras de requalificação em parte dos terrenos que circundam o conjunto monumental Castelo/Convento de Cristo. Gastaram-se à roda de dois milhões de euros e destruíram parte do alambor templário do século XII. Tudo para edificar uma minúsculo cafetaria e implantar 77 lugares de estacionamento. 70 para ligeiros, apenas sete para autocarros de turismo. Temos assim um monumento Património da Humanidade, que recebe na ordem dos 160 mil visitantes anuais, ou seja uma média de 438 pessoas/dia, com apenas 77 lugares de estacionamento. Parece anedota de mau gosto. Mas juro que não é.
Acrescento que para os génios que ocupam as cadeiras do poder nos Paços do Concelho tudo parece ir pelo melhor, no melhor dos mundos possíveis, como diria Voltaire. Já estamos a meio mandato mas não me consta que haja qualquer intenção de agir no sentido de alterar seja o que for...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Incompetentes? Não senhor. É só má língua

Nestas sete décadas aqui pelas margens do Nabão, já conheci quatro ou cinco iluminações diferentes no Castelo dos Templários. Todas com os mesmos problemas: Concepção e execução muito deficientes; falta de manutenção regular. Ambas saltam à vista nestas duas fotos, que extraí da net, uma graças ao Tomar na rede.
No panorama nocturno, o castelo não tem Torre de Menagem, a sua parte mais importante, e o ângulo da sapata junto à Torre de Dª Catarina também já está na penumbra. A demonstrar que as diversas entidades intervenientes, uma vez concluídas as empreitadas e embolsadas as respectivas escorrências, consideram os assuntos arrumados. Como se as obras, sejam elas quais forem, não necessitassem depois de regular manutenção. No caso presente, quem deve substituir as lâmpadas, naturalmente de duração limitada? E realinhar os projectores em função da experiência colhida? E limpá-los? Não vale a pena?


Além do acima apontado, o que mais me choca nesta panorâmica, apesar da sua beleza, é o aspecto singular do imponente castelo templário. Sem cabeça, parece um mero cenário de cartão, sem nada no seu interior. Claro que os tomarenses mais atentos sabem bem que assim não é. Mas os turistas senhores? E os ignorantes?
A foto seguinte, tirada num ângulo semelhante mas de dia, mostra bem o que se perde na visão nocturna.
Apesar das sucessivas empreitadas de instalação de projectores, ainda ninguém parece ter percebido que, por detrás das muralhas, existe o maior e o mais rico convento do país anterior ao século XVIII. Com 8 claustros e a mais original construção manuelina do Mundo. E a única igreja templária octogonal do século XII. É pouco?
Para os incompetentes que vamos engordando tudo é sempre pouco. Excepto quando os criticamos. Aí passa a ser demasiado.
Enquanto continuar a não haver coragem para ir além da sacanagem que finge governar, contentemo-nos com esta bela foto. E umas visitas lá acima, de quando em vez, para se certificar que o monumental conjunto ainda lá está. Com o que por aí vai, designadamente na banca, nunca fiando...

Visite Tomar
Capital da aselhice


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Medicina interna em Tomar? Era bom era!

Quanto mais mudamos, mais estamos na mesma. Pilotada pelas usuais associações de utentes, circula por aí uma petição no sentido de voltar a haver internamento de medicina interna no Hospital de Tomar. Justificação para tal pretensão? Há em Abrantes e vai passar a haver em Torres Novas. Temos os mesmos direitos. Santa inocência fingida.
Claro que também sou a favor da medicina interna em Tomar. Mas sou realista. Quando essa valência foi transferida para Abrantes, em 2012, das 44 camas que contava o serviço, apenas 12 estavam ocupadas. O que se compreende. Abrantes serve os potenciais utentes de 6 concelhos (Gavião, Mação, Niza, Ponte Sor, Sardoal e Vila de Rei). Torres Novas serve outros seis (Alcanena, Barquinha, Constância, Entroncamento, Golegã e Mira Daire) E Tomar serve o quê, além de Ferreira do Zêzere? Ourém? Não me façam rir! Ourém já tem mais população que Tomar e prefere dirigir os seus utentes para Leiria, que é um hospital com outro nível.
Em vez de se entreterem com semelhantes bizarrias, votadas ao insucesso, é meu entendimento que os tomarenses fariam bem melhor se agissem no sentido de a autarquia passar a desenvolver esforços para atrair e fixar população. Em vez de enxotar com eficácia todos os que por aqui têm a desdita de aparecer. Incluindo os potenciais investidores.
Internamento de medicina interna em Tomar? A que propósito? A população local diminuiu em cerca de 3 mil pessoas nos últimos dez anos. Tomar já teve, mas perdeu qualquer área de influência, excepto no que concerne ao micro-concelho de Ferreira, ainda assim bem mais dinâmico. Sonhar é fácil, porém os nossos impostos não chegam para tudo. Nem coisa que se pareça. Mesmo com um governo periclitante de esquerda...
Um incidente técnico, produto da minha ignorância em matéria de informática, área que nunca estudei, impede de modo definitivo o meu acesso ao Tomar a dianteira 2. Fui assim forçado a passar ao Tomar a dianteira 3. Peço desculpa aos leitores, prometendo continuar a escrever logo que possível.